mensagens

BANDAS


AFTER FOREVER


A banda holandesa After Forever teve seu início de carreira muito semelhante ao de tantas bandas de Rock. O fator que fazia deles um grupo especial, foi a proposta musical predominante em seus trabalhos.
Tocando covers de seus artistas preferidos, como Iron Maiden e The Cult, a banda surgiu em meados de 1995 com o nome de Apocalyps. Porém, os jovens integrantes consideravam este nome comercial e superficial. A expressão After Forever, traduzia com fidelidade a proposta musical profunda e lírica da banda. Este foi o nome adotado. A partir desse momento, os ensaios foram voltados para as próprias composições e o objetivo de lançar um trabalho autêntico começava a se concretizar.
Em meados de 1997, a vocalista Floor Jansen une-se a banda e completa a formação que gravou a primeira demo. Em 1999, várias gravadoras fizeram propostas para lançar o trabalho dos talentosos e jovens músicos. A conceituada Transmission Records venceu a concorrência.
Hans Pieters e Dennis Leidelmeijer conduziram e produziram as gravações de Prison of Desire no estúdio Excess, em Rotterdam. Os coroais foram feitos no RS 29 com o produtor Oscar Holleman, que já havia trabalhado com Ayreon e The Gathering.
O resultado foi ansiosamente aguardado pelos integrantes. As cinco músicas de estréia traziam o soprano indefectível de Floor, aliado às guitarras e vocais urrantes de Mark Jansen e Sander Gommans. O instrumental agressivo da banda trazia ainda um coral profissional de cinco vozes e arranjos clássicos. A produção do CD de estréia era de uma qualidade e imponência poucas vezes vista no cenário fonográfico da Holanda. Sharon den Adel (integrante do Within Temptation), dividiu os vocais da faixa Beyond Me com Floor. A atmosfera sombria das músicas ressuscitava a melancolia medieval. Prison of Desire foi muito bem recebido pela crítica européia. No Brasil, o resultado também foi muito bom; sendo aclamado pelos leitores das principais revistas do gênero.
Em 2002 é lançado Decipher, segundo álbum oficial da banda. Neste disco, fica evidente a evolução e o amadurecimento musical. Porém, em abril deste ano, o vocalista e fundador Mark Jansen, desliga-se da banda. Segundo Mark, a intenção é dar continuidade na carreira musical com um estilo semelhante ao After Forever, formando posteriormenete, então, a banda Epica.
Em novembro de 2003, o single Exordium é lançado trazendo 6 faixas e o clipe My Choice. Neste momento, o After Forever já havia se consolidado como uma das maiores revelações do Gothic Metal.
Março de 2004 foi o mês de lançamento do tão esperado álbum Invisible Circles. Com músicas mais diversificadas e bem diferente dos trabalhos anteriores, o disco traz temas bem atuais, tendo a história de uma garota, filha de pais adolescentes numa gravidez indesejada.
Em julho de 2005, a banda promoveu uma turnê sul-americana. No Brasil, o After Forever fez quatro apresentações no final do mês, passando por Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo e Porto Alegre.
O impacto e o entusiasmo foram tão grandes que a banda fez um pequeno vídeo com imagens de bastidores, declarações dos integrantes e trechos dos shows no Brasil. A vocalista, Floor Jansen, afirma que na primeira noite, o público fez tanto barulho que foi difícil superá-los. Esta é, sem dúvida, uma prova de como a banda holandesa é querida e popular entre o público brasileiro.
Remagine, lançado em outubro de 2005, é o quarto álbum do After Forever. Este trabalho traz 12 faixas e teve o instrumental gravado no Excess Studio, em Rotterdam. Enquanto os vocais, os trechos clássicos e a mixagem foram feitos no Gate Studio, na Alemanha, sob a produção de Sascha Peath e Miro em Wolfsburg.
O título é a combinação das palavras "Reflection" e "Imagination". Segundo a vocalista, Floor Jansen: "É realmente um passo a frente em nossa carreira. Vejo-o com todas as características do After Forever, contudo trazendo novas idéias à nossa música. Temos melodias bem fortes para nossos fãs, e músicas que marcarão nossa história".
Nos primeiros meses de 2006, o After Forever viaja em turnês e se apresenta em países como Espanha, Itália e França. Em março, anuncia o rompimento com a gravadora Transmission Records. Segundo informações do site oficial, a gravadora fazia um fraco trabalho de publicidade. Porém, ainda pela Transmission Records, é lançado um álbum duplo, intitulado Mea Culpa, contendo 32 faixas ao total, sendo a maioria versões de grandes sucessos. No mês de outubro, a banda faz apresentações no Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Neste momento, o novo álbum já está em plena produção.
Em março de 2007, a banda disponibiliza o videoclipe da faixa Energize Me, que comporia o novo trabalho. Finalmente, em abril, é lançado o álbum After Forever.
After Forever traz doze faixas. Segundo Sander Gommans, "você pode ouvir a energia de Prison Of Desire, a melancolia de Decipher, a abordagem progressiva de Invisible Circles e os elementos mais acessíveis contidos em Remagine. É impossível sermos mais After Forever do que isso".
Neste trabalho, a banda dá continuidade às tendências de Remagine e se distancia um pouco mais de Prision of Desire e Decipher. Os destaques são Cry With A Smile, Empty Memories e Dreamflight. Ainda, há uma expectativa de um DVD para 2007 no qual parte das gravações serão realizadas em um show na Holanda.
Em maio, o guitarrista Sander Gommans, por motivos de saúde, abandona as turnês. George Oosthoek (Orphanage) é convidado para substituí-lo.
Apesar da mudança de estilo nos últimos trabalhos, o After Forever figura como uma das maiores bandas de seu gênero, revolucionando os conceitos de metal, sem se limitar à fronteiras comerciais.


DARK SANCTUARY
Fundada em fevereiro de 1996, a banda francesa Dark Sanctuary já trazia uma proposta musical interessante: a combinação de elementos folk (folclórico), medieval e neoclássico. Porém, em sua formação inicial contava apenas com Arkdae (teclados) e Marquise Ermia (vocais).
Foi com esta formação que o Dark Sanctuary produziu seu primeiro trabalho. O mini CD intitulado Funeral Cry, gravado no "Music Live Studio", continha apenas uma faixa de quase 20 minutos de duração, foi lançado em 1997 com uma tiragem de 500 cópias. No ano seguinte, Arkdae e Marquise convidaram outros músicos a participarem da banda. Deste modo, Hylgaryss (teclado), Sombre Cÿr (percussão) e Eliane (violino) passaram a integrar o Dark Sanctuary. Em seguida, em julho, com esta formação, a banda iniciou as gravações do segundo trabalho. Em setembro fez sua primeira apresentação em público.
O álbum Royaume Mélancolique foi lançado em abril de 1999 e traz nove faixas que deixam claro a proposta do Dark Sanctuary. A última música, Anathème, tem mais de 13 minutos de duração e é um dos destaques, juntamente com Valley of the Pain e L’ombre Triste. Nesta mesma época, a faixa L'autre monde integra a coletânea Metal Explosion Vol. 12.
Em novembro de 1999, a banda assinou contrato com a gravadora "Wounded Love Records" e uma nova violinista, Marguerite, passou a compor a formação. Em março do ano seguinte, deu início às gravações do novo álbum. De Lumière et d'Obscurité foi lançado em novembro. Entre as treze faixas que o compõem, destaca-se Rêve Mortuaire, uma "canção de ninar" com um refrão repetitivo, suave e hipnótico; além da releitura de Summoning of the Muse, um "mantra" gravado originalmente pelo Dead Can Dance.
Infelizmente após o término das gravações, Marquise Ermia, uma das fundadoras do Dark Sanctuary, abandonou a banda para dedicar-se aos estudos. Para substituí-la, a cantora Dame Pandora foi convidada. Ainda em 2000, a coletânea D-Side sampler N°1 traz a música Cet enfer au paradis, lançada originalmente em De Lumière et d'Obscurité. Em fevereiro de 2001, é a faixa título do CD De Lumière et d'Obscurité que integra a coletânea Elegy sampler N°14.
O single Vie ephémère foi gravado em março de 2002, na Alemanha, e lançado em junho com uma tiragem de 1500 cópias. Além da faixa título, trazia também Seul, face au sinistre, com quase sete minutos e meio de duração. Enquanto isso, a música Assombrissement de l'âme é integrada à coletânea Elegy sampler N°24 e Vie éphémère compõe o CD D-Side sampler N°12.
Neste mesmo período o Dark Sanctuary grava, também na Alemanha, o álbum L'être las - L'envers du miroir; porém, foi lançado apenas em fevereiro de 2003. L'être las - L'envers du miroir é composto por 14 músicas, incluindo Vie ephémère do single anterior, e foi muito bem recebido pela crítica na Alemanha e França, sendo o grande responsável pelo avanço que a banda conseguiu em sua popularidade.
Após duas apresentações na França, a banda retorna à Alemanha e produz, entre agosto e setembro de 2003, o single promocional La Clameur du Silence. Contendo somente uma música na versão Radio Edit. Este trabalho teve apenas 50 cópias para distribuição entre as rádios.
Paralelamente, ainda na Alemanha, no estúdio "Klangschmiede Studio E", estava sendo gravado o álbum Les Mémoires Blessées. Este CD traz em sua abertura a música do single anterior, La Clameur du Silence, seguida de mais doze canções cuidadosamente produzidas e arranjadas entre os vocais de Dame Pandora, teclados, violinos e percussão; sendo um dos trabalhos mais sofisticados e também um dos mais melancólicos realizados até aquele momento.
Les Mémoires Blessées foi lançado em fevereiro de 2004 e fortaleceu a trilha do Dark Sanctuary e do estilo musical que eles mesmos haviam criado.
Através deste disco, a banda foi convidada a participar do famoso festival "Gothik Treffen", em Leipzig, na Alemanha. Nos meses seguintes, a música La Clameur du Silence (Radio Edit) compõe a coletânea Elegy sampler N°32 e Présence é parte da trilha de D-Side sampler N°21. Entre maio, junho e julho, o Dark Sanctuary apresenta-se na Espanha, França e Alemanha.
Em junho de 2005 lança, pelo selo "Projekt" e apenas nos EUA, sua primeira compilação de sucessos: Thoughts: 9 years in the sanctuary, trazendo músicas como La chute de l'ange, L'ombre triste e Les larmes du méprisé. No mês seguinte, a banda retorna à Alemanha, ao estúdio "E-Klangschmiede", e grava simultaneamente dois álbuns: Exaudi Vocem Meam - Part 1 e Exaudi Vocem Meam - Part 2. Em setembro, participa da coletânea Summoning of the muse: a tribute to Dead Can Dance, ao lado de bandas como Stoa, Arcana, Black tape for a blue girl, Chandeen, entre outras.
Lançado em novembro do mesmo ano, Exaudi Vocem Meam - Part 1 é composto por onze faixas que deixam evidente o amadurecimento musical obtido ao longo dos anos. Neste trabalho, as músicas são mais extensas e trabalhadas em várias tonalidades e movimentos, dando a impressão de "várias músicas numa só". Destaque para as faixas Ouverture, Cristal e Memento Mei.
Em março de 2006, a banda anuncia em seu site oficial a inclusão do percussionista Alexis. A partir deste momento até outubro, o Dark Sanctuary excursiona pela Europa e faz apresentações na França, Holanda, Alemanha, Suíça e Espanha. No mês seguinte é lançado Exaudi Vocem Meam - Part 2, com onze músicas que dão continuidade à sofisticação e requinte do trabalho anterior.
Em 2007 a banda apresenta-se em várias turnês e festivais pela Europa. No ano seguinte já iniciam-se os preparativos para o próximo trabalho. No entanto, em novembro, a banda comunica em seu website o desligamento de Eliane e Marguerite por motivos não divulgados.
Em meados de 2009, é lançado oficialmente o novo trabalho com o título de Dark Sanctuary. O mais recente álbum da banda francesa foi gravado no próprio estúdio da banda e traz doze faixas com a mesma atmosfera melancólica e sombria que caracteriza o Dark Sanctuary. Os trabalhos gráficos foram elaborados pela ilustradora valenciana Victoria Francès.
Apesar de ser rotulada como "Dark Atmospheric", não é possível associar o Dark Sanctuary à apenas um estilo musical. A diversidade de músicos e instrumentos podem atribuir várias faces a um mesmo trabalho e à totalidade da carreira; oscilando entre os timbres atmosféricos, passando pelo folk, medieval e neoclássico; além de letras compostas em francês e inglês. Por este motivo, pode-se esperar que os próximos discos tragam sonoridades diversificadas, mas sempre com o requinte e a doce melancolia que caracteriza seu trabalho ao longo destes anos.



ARCANA

Formada em 1993, a banda sueca Arcana trazia uma proposta musical diferenciada e até então pouco conhecida: a combinação de instrumentos comuns na música clássica, vocais líricos e alguns elementos eletrônicos. O resultado é uma sonoridade que resgata e reproduz uma atmosfera romanticamente medieval.
Inicialmente, o Arcana não passava de um projeto despretensioso do músico Peter Bjärgö. Após as primeiras composições, Peter percebeu que necessitava de um acompanhamento vocal que completasse a proposta musical. Desse modo, Ida Bengtsson foi convidada. Em seguida, uma fita cassete foi gravada e entregue a Roger Karmanik da Cold Meat Industry. Roger, imediatamente, aprovou o trabalho da dupla e os convidou a participarem de uma coletânea pelo próprio selo. Após a ótima recepção que esta coletânea obteve junto à crítica musical especializada, a Cold Meat Industry ofereceu ao Arcana a oportunidade de gravar álbuns oficiais.
O primeiro trabalho foi lançado em 1996. Dark Age of Reason trouxe dez faixas que se estendem por pouco mais de trinta e sete minutos. Todo o trabalho segue uma linha musical que explora sonoridades medievais através de sintetizadores e linhas de vocal que se confundem com cordas e sopros. Uma curiosidade é que as músicas praticamente não tem letra; com exceção de frases soltas eventualmente entre um compasso e outro. Ainda, em 1996, o Arcana fez sua primeira apresentação pública.
No ano seguinte, o single Lizabeth foi lançado com apenas três faixas: Cantar de Procella, The dreams made of sand e Emperor of the Sun. Este single antecipava o lançamento, ainda em 1997, do segundo álbum oficial.
Cantar de Procella traz doze faixas que mantém a proposta "Gótica Medieval" do primeiro trabalho. Entretanto, neste novo disco, a instrumentação obscura e atmosférica ganha letras que ajudam a compreender melhor o disco como um todo. O Arcana ainda busca referências da música sacra (como na faixa The Song of Preparation); mas o destaque fica para a faixa que dá título ao álbum. Cantar de Procella estende-se por mais de seis minutos e revela-se uma rica composição musical e um perfeito entrelaçamento de sonoridades que levam o ouvinte à euforia e à angústia em poucos compassos. Enquanto isso, a banda já fazia sua primeira apresentação internacional, na cidade de Waregem, Bélgica.
No ano de 1998, a banda foi convidada a participar do tradicional festival Wave Gotik Treffen, realizado anualmente na cidade de Leipzig (Alemanha), no qual apresentam-se bandas como Lacrimosa, Penumbra e Tristania.
Em 1999, o Arcana, ainda com a formação original, produz, grava e lança mais um single pela Cold Meat Industry. Isabel traz mais três faixas e entre elas a "épica" Love Eternal. Ainda, participa de um festival promovido pela própria CMI, em Atenas (Grécia). No ano seguinte, é lançado o terceiro álbum oficial de sua discografia.
...The Last Embrace, ao longo de suas dez faixas, dá continuidade à proposta da banda; entretanto, fica nítido que, musicalmente, o trabalho é mais requintado; com uma maior atenção aos detalhes dos arranjos instrumentais e vocais. Este álbum também foi o último com a participação de Ida Bengtsson que abandonou o projeto após sua conclusão.
No ano de 2001, Peter, de forma solitária, teve de reestruturar a formação da banda. Para tanto, convidou Stefan Eriksson (instrumentista) e Ann-Mari Thim (vocal) a participarem do Arcana. Desse modo, a banda, contando neste momento com três músicos, retomou as composições e iniciou os preparativos para o novo trabalho.
O primeiro trabalho lançado com a nova formação foi o single Body of Sin, de 2002. Apenas duas músicas compunham este CD que serviu como uma preparação para o quarto álbum oficial da carreira. Inner Pale Sun, lançado no mesmo ano pela CMI, trouxe oito faixas que, de um modo geral, exploram os timbres atmosféricos e produzem uma sonoridade mais melancólica e sentimental, como na sétima faixa Season of Thought. Neste mesmo ano, o Arcana faz apresentações ao vivo na Itália e na Alemanha.
Em meados de 2003 o contrato com a CMI não foi renovado e Peter Bjärgö criou o selo "Erebus Odora". Desse modo, o Arcana passou a lançar seus trabalhos por este selo. Paralelamente, a esposa de Peter, Ia Bjärgö, passa a integrar a formação oficial e, além de vocais adicionais, também é responsável pelo design do website e capas dos CD’s. Neste momento, apesar de ter perdido o vínculo com a gravadora, a banda não interrompe suas atividades e faz apresentações na Alemanha e França.
Em 2004, foi lançado o álbum The New Light, primeiro trabalho lançado pelo selo de Peter e que também celebrava dez anos de fundação da banda. The New Light contou com uma participação mais intensa de todos os membros e obteve uma ótima receptividade entre os ouvintes. Paralelamente, apresenta-se ao vivo na Rússia e Finlândia.
Aproveitando a boa fase criativa, o Arcana lançou no mesmo ano o álbum Le Serpent Rouge, que tornaria a banda conhecida em todo o circuito alternativo do Dark Ambient. Le Serpent Rouge é o trabalho mais diversificado da carreira. Neste álbum encontra-se uma forte influência da música oriental (como em Under the Sun), a rítmica e a percussão são mais evidentes e as linhas da melodia foram inspiradas na música persa.
Em 2005, a banda participou de festivais na Itália, Dinamarca e Holanda. No ano seguinte, fez apresentações na Suíça e o percussionista Mattias Borgh passou a integrar a formação. Em 2007, também foram realizados shows na Lituânia, Holanda, Bélgica e Suécia. Paralelamente, o novo trabalho já estava sendo composto.
Atualmente, o Arcana já divulgou a capa do novo CD, que se chamará Raspail, e a relação de suas músicas. Este álbum será lançado pela gravadora alemã Kalinkaland até o final de fevereiro.
Ao longo de sua carreira, o Arcana também participou de diversas coletâneas, incluindo o CD Dead Can Dance tribute - Summoning of the Muse, ao lado de bandas como Dark Sanctuary e Black Tape for a Blue Girl.
Não é possível afirmar que o Arcana seja precursor de um estilo musical que combine elementos medievais, eletrônicos e étnicos. Até mesmo porque não é possível enquadrá-lo apenas sob um estilo como Neo-Classical, Dark Ambient/Atmospheric, Gótico ou Darkwave. Entretanto, certamente, é uma das bandas mais prósperas neste segmento que, mais importante do que as próprias músicas, são os sentimentos e atmosferas que podem ser criadas e transmitidas.

BAUHAUS
O surgimento da banda Bauhaus ocorreu em 1978, na cidade de Northampton, Inglaterra. Os irmãos David Jay (baixista e vocalista) e Kevin Haskins (baterista) criaram o The Craze, que tinha uma proposta e uma sonoridade próxima ao punk rock. Ao lado dos amigos Daniel Ash e Dave Exton, realizaram a primeira apresentação na cidade. Mas a formação definitiva viria apenas com a entrada de Peter Murphy; um amigo de Daniel Ash que foi convidado para ser vocalista, mesmo sem nunca ter cantado em nenhuma banda.
A dupla Daniel Ash e Peter Murphy deu início as composições. Ao mesmo tempo, os convites e os primeiros shows na cidade incentivavam os jovens que se apresentavam já com o nome S.R, neste momento, com Chris Barber no lugar de David Haskins. Pouco tempo depois, David voltou a ocupar seu lugar e Chris deixou a banda. Então o nome também foi alterado para Bauhaus 1919. Esta era uma referência a Escola de Arquitetura e Desenho Industrial da Alemanha inaugurada em 1919, e fechada pelos nazistas em 1933. Logo depois, passaram a se chamar apenas Bauhaus.
Ao completar um ano de vida, a banda entrou no estúdio Small Wonder para gravar seu primeiro single, intitulado Bela Lugosi's Dead. Uma referência a morte do ator Bela Lugosi em 1956, que se tornou conhecido após sua interpretação no filme Drácula, em 1931. A capa do single trazia o cartaz publicitário do filme, e na contracapa foi colocada uma cena de O Gabinete do Doutor Caligari, de 1919. Motivos mais do que suficientes para que fossem rotulados como góticos. Porém, Peter Murphy chegou a declarar: "Nós nunca fomos góticos. Fizemos uma música de brincadeira, uma ironia e um monte de idiotas no mundo começou a nos chamar de góticos, nunca fomos, era uma ironia, uma única música com o tema, achamos esses caras loucos, nós nunca fomos e nunca seremos góticos. Além disso, a faixa título deste single durava mais de nove minutos. Uma verdadeira afronta as rádios".
Em 1980 a banda lançou três singles: Dark Entries, Telegram Sam e Terror Couple Kill Colonel, pela Axis Records. Em setembro fez a primeira apresentação nos Estados Unidos. O primeiro álbum não tardou. O disco In The Flat Field foi um marco na carreira. Os temas diversificados das músicas incluíam a crucificação de Cristo, como na faixa Stigmata Martyr que conta com citações em latim.
No ano de 1981 o Bauhaus mudou de gravadora. A Beggars Baquet contava com uma estrutura de divulgação mais forte e a banda lançou dois singles: Kick in the Eye e Passion of Lover. Logo após o segundo álbum da carreira, denominado Mask. Neste disco, a música de destaque é Of Lillies and Remains, que tem uma atmosfera surreal e mórbida. Neste momento ficou evidente o amadurecimento musical dos rapazes ingleses. A popularidade era tanta que no ano seguinte, foram convidados a compor a trilha sonora do filme The Hunger (Fome de Viver), e atuaram ao lado de David Bowie, Catherine Deneuve e Susan Sarandon. Seguem mais dois singles que fortalecem a discografia: Searching for Satori e Spirit.
O primeiro disco ao vivo foi gravado em Londres e se chamava Press the Eject and Give Me that Tape. O single que trazia a faixa Ziggy Stardust, de David Bowie, confirmou a ascensão que o Bauhaus conseguia a cada lançamento. Ainda em 1982 foi lançado o disco The sky's gone out.
No início de 1983, foi realizada uma turnê pela França, Grécia, Israel e Japão. Mais dois singles foram lançados: Lagartja Nick e She's in Parties. Alguns meses depois, o Bauhaus emplacou o álbum Burning from the inside e o fim da banda foi anunciado. Kevin, David e Daniel Ash prosseguiram com outra banda chamada The Love & Rockets. O vocalista Peter Murphy seguiu carreira solo. Logo após, a gravadora lançou uma coletânea intitulada Bauhaus The Singles 1981-1983.
Em 1997 os ex-integrantes se reuniram e emplacaram o disco Live in Studio, para comemorar os vinte anos de Bauhaus. No ano seguinte foi realizada a turnê Ressurrection Tour, que rendeu o disco Crackle. No mesmo ano ainda surgiu mais uma coletânea chamada Gotham. Entre singles e álbuns, a discografia do Bauhaus contém mais de vinte trabalhos. Porém, os cinco discos lançados quando a banda ainda estava ativa, somados aos três lançados em seu breve retorno nos anos 90, compõem a base da carreira do Bauhaus.

CRADLE OF FILTH
A trajetória da banda londrina Cradle of Filth tem início nos primeiros anos da década de 90. Naquele momento, Daniel Davey era apenas um jovem que havia concluído os estudos e interessava-se por Metal.
No ano de 1991, Daniel reuniu John, Darren, Robin, Paul Ryan e Bem Ryan para dar início aos primeiros ensaios. A sonoridade ainda crua refletia as ambições daquele grupo de jovens londrinos. Assim nascia o Cradle of Filth.
Os primeiros trabalhos demo surgiram em pouco tempo. Em 1992 foi gravado Invoking The Unclean e The Black Goddess Rises; Orgiastic Pleasures no ano seguinte. Neste momento, Robin já não compunha a formação. Porém, Orgiastic Pleasures rendeu ao grupo uma oportunidade com a gravadora Tobstone Records. Entretanto, a saída de John impossibilitou que o contrato fosse fechado. Robin retorna à formação na condição de baixista e finalmente é gravada a demo intitulada Total Fucking Darkness.
Este trabalho proporcionou um contrato com a gravadora Cacophonous Records em 1994. No mesmo ano, o primeiro álbum foi gravado contando com a participação de novo integrante Paul Allender.
The Principle of Evil Made Flesh foi lançado em abril de 1994 e conseguiu uma repercussão muito acima da expectativa: 32 mil cópias vendidas. As treze faixas (sendo uma instrumental) trazem uma musicalidade crua e agressiva, muito próxima do que pode ser considerado Black Metal. Os integrantes adotaram nomes fictícios, vestiam-se e usavam maquiagem como um aspecto bastante soturno; por vezes satânico. As letras deste álbum traziam temas vampíricos e alusões à Elizabeth Bathory; provavelmente, fruto da obras de Baudelaire, Shelley e Byron, autores que Dani apreciou muito na adolescência.
Em 1995, os irmãos Ryan abandonam a formação e iniciam um novo projeto intitulado Blood Divine. O tecladista Damien e o guitarrista Stuart Anstis passam a integrar a banda. Ainda, uma apresentação live em Berlin rendeu ao grupo a primeira experiência ao vivo. No mesmo ano, o contrato com a gravadora é rompido e, em 1996, é lançado o último disco pela Cacophonous Records: Vempire or Dark Faerytales in Phallustein.
As seis músicas deste EP (incluindo uma reedição de The Forest Whispers My Name do trabalho anterior e a instrumental She Mourns a Lengthening Shadow) soam como uma continuidade de The Principle of Evil Made Flesh e ajudam a fortalecer a imagem Black Metal do Cradle of Filth.
No mesmo ano, a vocalista Sarah Jezybel passa a compor a formação enquanto Paul Allender deixa a banda e é substituído por Jared Dementer. Em seguida, é assinado um contrato com a gravadora Music For Nations enquanto o recém chegado Paul Allender saí do grupo e dá lugar à Gyan Pyres. Neste mesmo ano, seria lançado um dos álbuns mais impactantes da discografia do Cradle of Filth.
Dusk and Her Embrace traz onze faixas escritas por Dani Filth que exploram a temática vampírica com um apelo erótico bastante nítido. Os arranjos soam mais complexos e orquestrados. Foi através de Dusk and Her Embrace que o Cradle of Filth atingiu uma popularidade imensa e ganhou notoriedade entre a crítica musical européia e o grande público headbanger. Este trabalho também abriu as portas para as turnês internacionais e colocou o Cradle of Filth entre as grandes bandas do metal.
Em 1997 a banda apresentou-se em festivais e realizou uma turnê nos Estados Unidos. Em uma destas oportunidades, o baterista Nicholas chegou a ser detido pela polícia local por usar uma camisa anti-cristã, mas foi solto após fiança.
O tecladista Damien abandona a formação e passa a escrever para uma revista especializada em Metal. Lês Lector Smith é seu substituto iniciaram-se os preparativos para o novo trabalho com o produtor Jan Peter Genkel.
Cruelty and The Beast (frase de Nitzsche que originalmente é "There is no beast without cruelty" - "não existe besta sem crueldade") de 1998, é o título do terceiro álbum de estúdio. Lançado em diversas versões com regravações e remix, mantém a proposta e aborda a vida de Elizabeth Bathory – A condessa de Sangue. Além do belo trabalho gráfico do encarte, os destaques musicais são Beneath the Howling Stars e Desire in Violent Overture.
Cruelty and The Beast proporcionou à banda turnês por países como Rússia e Japão. As participações em coletâneas do gênero também fortaleceram sua popularidade. Ainda, manifestações anti-cristãs da banda, em entrevistas e shows, polemizaram sua imagem por um lado; por outro, contribuíram bastante para uma certa mitificação de uma proposta satânica. Ainda neste ano, foi lançado o EP Venus In Fear.
Novamente, em 1999, a formação da banda sofre alterações. Entre elas, a saída do baterista Nicholas alegando divergências pessoais (passando a integrar o Dimmu Borgir); sendo substituído por Adrian Erlandsson. Lector e Stuart também deixam a formação enquanto Paul Allender retorna.
O EP From the Cradle To Enslave é lançado no mesmo ano com seis faixas, sendo duas inéditas, dois covers (Anathema e Misfits) e duas regravações de Dusk And Her Embrace. Em seguida, é lançado vídeo PanDaemonAeon com videoclipes da faixa From The Cradle To Enslave em duas versões, sendo uma mais "suave" para exibição em emissoras de TV; além do making off deste clipe e quatro músicas gravadas ao vivo.
Martin Powell, ex-integrante do My Dying Bride junta-se ao Cradle of Filth em 2000. No mesmo ano, Dani Filth participa do filme Cradle Of Fear, produzido pelo diretor do videoclipe From The Cradle To Enslave. Finalmente, em 31 de outubro, é lançado o quarto álbum.
Midian traz onze músicas que recorrem aos riffs e às vocalizações agressivas de Dani. As letras continuam extensas e bem construídas. O álbum é prontamente aceito pelos fãs e a crítica classifica Midian como um dos mais sofisticados trabalhos daquele ano. Destaques para Death Magik For Adepts e Lord Abortion.
O ano de 2001 traz novas mudanças no Cradle of Filth. A banda deixa a gravadora Music for Nations e cria o próprio selo: Abracadaver. Robin Graves deixa o grupo alegando ter pouco tempo disponível para a família. Dave Pyrus (ex integrante do Anathema) é seu substituto.
No mesmo ano, o EP Bitter Suites to Succubi, já pela Abracadaver, é lançado trazendo faixas inéditas, além de regravações de discos anteriores e um cover do The Sisters of Mercy. No Time To Cry foi mais um trabalho promocional deste período. Em abril, uma apresentação é gravada e compilada no formato de CD/DVD e lançado posteriormente.
O ano seguinte foi muito importante para a carreira do Cradle of Filth. O contrato com a poderosa Sony abriu uma nova perspectiva de crescimento. A participação no festival Ozzfest-UK juntamente com Slayer, System Of A Down e Ozzy Osbourne colocou a banda novamente em evidência.
No mesmo ano, a ex gravadora "Music for Nations" lança um álbum do tipo "The Best of" intitulado Lovecraft & Witch Hearts trazendo os maiores sucessos dos discos anteriores e algumas versões raras. Infelizmente, mais uma vez, o line up é modificado: Gian Pyres deixa a banda.
Em 2003 foi lançado o primeiro trabalho pela Sony: Damnation and a Day: From Genesis To Nemesis. Mais uma vez, a temática conceitual é a tônica, abordando anjos, demônios e a criação. Neste trabalho, ao longo de dezessete faixas, a banda se apresenta com uma sonoridade mais polida; porém, mantendo a agressividade e característica. Em seguida a banda toca ao lado do Iron Maiden e se apresenta em festivais e turnês pela Europa e América do Norte. A faixa Mannequin do álbum mais recente ganha uma versão em videoclipe e Babalon A.D (So Glad For The Madness) é lançado também em videoclipe num DVD single.
Nymphetamine é o trabalho de 2004, lançado pelo próprio selo Abracadaver e se torna uma das mais poderosas referências de sua discografia e traz as participações de James Mcilroy (guitarrista recém chegado à banda) e Liv Kristine (ex vocalista do Theatre of Tragedy). O álbum duplo, contendo na totalidade 21 músicas, incluindo uma regravação do clássico Mr. Crowley de Ozzy Osbourne.
Em alguns momentos, este disco faz um resgate sonoro aos anos 80, combinando com a característica agressiva e poderosa que conduziu a carreira da banda. Os destaques são English Fire e Swansong For A Heaven.
O show de abril de 2005, em Paris, foi gravado e, no fim deste mesmo ano, foi lançado o DVD Peace Through Superior Firepower. Este DVD traz um documentário, entrevistas, videoclipes e as apresentações ao vivo da banda. Neste momento, já iniciam-se os preparativos para o próximo álbum. Assim, no ano seguinte, pela Roadrunner Records, é lançado o sétimo trabalho.
Thornography traz doze faixas que também resgatam uma atmosfera oitentista e pode ser considerado um dos trabalhos mais "pesados" de sua discografia. Sarah Jezebel e Ville Valo são os convidados nas faixas Under Huntress Moon e Byronic Man. Os destaques são I Am The Thorn e The Foetus Of A New Day Kicking.
Como de costume, o guitarrista Germs Warfare deixou a banda e foi substituído por Charles Hedger. Adrian Erlandesson também abandonou a formação após o término das gravações de Thornography. Na mesma época foi lançado o single Temptation. Em 2007 foi lançado uma edição de luxo do Thornography com o título Thornography-Harder Darker Faster contendo vídeos e algumas faixas extras. Ainda, um live duplo intitulado Eleven Burial Masses é lançado em maio.
No ano seguinte, ainda pela Roadrunner, é lançado em outubro o oitavo disco de estúdio do Cradle of Filth. Godspeed on the Devil's Thunder mantém a proposta conceitual e aborda a biografia do nobre francês Gilles de Rais que lutou ao lado de Joanna D’arc. A musicalidade não difere muito da discografia: guitarras pesadas, linhas de baixo contínuas e as vocalizações de Dani Filth confirmam mais um excelente trabalho; sem, no entanto, apresentar grandes novidades.
Nos anos seguintes, a banda deu continuidade às turnês ao lado de Moonspell e Gorgoroth e apresentações em festivais europeus. Em agosto de 2009 é lançado o videoclipe de The Death of Love. Poucos dias depois, no Bloodstock Open Air, em Derbyshire, Inglaterra, o guitarrista Paul Allender foi atingido por um objeto arremessado da platéia. O músico teve que receber atendimento médico e a apresentação foi interrompida em seguida. Em novembro de 2009, Allender publicou uma nota no website da banda comentando sobre o progresso dos trabalhos para o próximo álbum.
Desde os primeiros acordes e linhas de baixo, muitas histórias, músicas e músicos compuseram a trajetória do Cradle of Filth. Além dos trabalhos citados, a banda tem em sua discografia EP’s e singles, além de participações em coletâneas que enriquecem sua carreira. Agora, resta aos fãs do Cradle of Filth aguardarem por mais um lançamento e um capítulo de sua imensa história.

DARGAARD
Os chamados "projetos paralelos" não são raros no universo do Metal; ou seja, integrantes de bandas consagradas desenvolvem simultaneamente carreiras (de modo solo ou com parcerias) distintas de sua principal atividade musical. Também são comuns as variações de estilos musicais, mas que, de certa forma, trazem uma conexão entre si. A banda austríaca Dargaard é um bom exemplo.
Fundada em 1997 pelo músico Tharen (ex integrante das bandas de Black Metal Abigor e Amestigon) e com a participação de Elisabeth Toriser (ex integrante de Abigor e Antichrisis), o Dargaard (nome que faz referência a uma região amaldiçoada imersa em trevas da série de livros de fantasia DragonLance) trazia uma proposta musical bem diferenciada do Black Metal. Algo que pode ser (de um modo bastante amplo) considerado como Dark Ambient/Atmospheric; ou Darkwave, Neoclas-sical, Ethereal e até mesmo Gothic ou Folk.
O som apresentado pela banda é composto por cordas (como harpas e violinos), piano, instru-mentos de sopro (flautas), timbres eletrônicos, teclados atmosféricos e percussões primitivas. No entanto, toda a sonoridade é obtida através do sintetizador de Tharen; sem que haja a utilização destes instrumentos propriamente ditos. E, para completar, a voz suave de Elisabeth, pontuada por participações dos vocais de Tharen.
As letras em latim e inglês, compostas pelo próprio Tharen ou obras musicadas do poeta lírico Quintus Horatius Flaco (65 – 8 a.C), abordam temas místicos, existenciais e intimistas; além de diversas citações à culturas antigas. Este conjunto proporciona uma orquestração suave, eventualmente agressiva e dramática, com referências medievais e folclóricas, criando ambientes místicos e introspectivos ao ouvinte.
O próprio Tharen assume que nenhuma outra banda influencia a musicalidade do Dargaard. No entanto, a descreve como "canções que radiam um tipo de beleza (...). É sobre meu próprio reino, e este reino consiste em forças escuras, magia, misticismo e trevas (...); isto tem sua própria beleza".
Desse modo e com esta proposta, o primeiro trabalho foi gravado nos estúdios Hoernix (Áustria) e lançado pela Napalm Records em outubro de 1998. Eternity Rites traz dez faixas em pouco mais de quarenta e sete minutos. Neste trabalho destaca-se Demon Eyes, Of Broken Stones e Seelenlos. Este disco de estreia agradou muito a crítica especializada chegando a ser classificado como majestoso, agressivo, obscuro e melancólico.
Entre 1998 e 1999, a banda deu continuidade ao processo criativo de composições e iniciou o trabalho de gravação do segundo disco. Lançado em junho de 2000, gravado, mixado e masterizado por Georg Hrauda e Tharen no estúdio Hoernix, In Nomine Aeternitatis se estende por mais de cinqüenta minutos e divide-se em onze faixas. The Infinite traz um arranjo grandioso com sobreposição de teclados e a voz de Elizabeth levando o ouvinte a uma viagem surreal. Enquanto The March of the Shadows é um instrumental repetitivo e melancólico.
In Nomine Aeternitatis é uma sequência do trabalho anterior, com arranjos e letras de temática semelhante. No entanto, não soa repetitivo. Pelo contrário, acrescenta e fortalece a identidade musical do Dargaard.
No mesmo período, entre 1999 e 2000, a dupla Elizabeth e Tharen já preparava material para o terceiro trabalho. Assim, The Dissolution of Eternity foi lançado em 2001 e completa a trilogia iniciada em 1998 com Eternity Rites.
O terceiro disco da banda traz dez faixas e soa mais diversificado que os álbuns anteriores. My Phantasm Supreme desperta tensão no ouvinte; enquanto A Prophecy of Immortality (letra de Quintus Horatius Flaco), traz um arranjo suave que se intensifica no decorrer da música.
Após um período sem novidades, o Dargaard retorna aos estúdios para a gravação do quarto álbum de sua carreira. Lançado em março de 2004, Rise and Fall traz nove faixas que se estendem por quase uma hora de melancolia e misticismo. Além da faixa homônima, destaca-se também Bearer of the Flame, Niobe e a faixa instrumental, bastante percussiva Takhisis Dance. Ainda, Rise and Fall foi considerado o álbum do mês pela crítica especializada Orkus e Sonic Seducer.
Além destes álbuns oficiais, o Dargaard também integrou algumas coletâneas produzidas com bandas como Trail of Tears e The Sins of Thy Beloved. Entretanto, uma característica interessante de sua carreira, é que o Dargaard, mesmo tendo um ótimo reconhecimento dentro da cena Dark Ambient/Atmospheric, não faz apresentações ao vivo. Isto porque, segundo Tharen, não seria possível recriar a mesma atmosfera produzida em estúdio.
Atualmente, há apenas boatos sobre um novo álbum. Em fóruns da Internet e no perfil do Myspace, o próprio Tharen não fornece com exatidão qualquer informação a respeito de um novo trabalho. Desse modo, resta aos ouvintes aguardarem as novidades e, por enquanto, ouvir e "decifrar" a magia do Dargaard.